segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pai

Saudades imensas de ti!
Sei que onde você está
Você está bem e bem cuidado.
Agora você não sente mais dores
Não sente mais falta de ar
E pode descansar.

Saiba Pai, que de todos esses 43 anos que você esteve ao meu lado
Me dando broncas, me colocando de castigo.
Me ensinando muitas e muitas coisas
Me levando nas férias prá andar de caminhão
Me dando altos conselhos
Conselhos que nunca ouvia
Mas depois te dizia que deveria ter te ouvido

Você foi um pai exemplar.
Me ensinou a cuidar do corpo
Me ensinou a tomar chimarrão
Porque sabia que aquela coisa ruim 
Ia fazer bem prá minha pele e meu organismo.

Me ensinou que a simplicidade é um tesouro valioso
Me ensinou que amigos são presente de Deus
Me ensinou que o riso é o refresco para a alma
Me ensinou tantas coisas boas

Que hoje só me resta a saudade
O vazio que ficou por conta de tua partida.

Saiba Pai, que só tenho que te agradecer por tudo.
Hoje sou essa mulher de fibra.
Graças a educação que recebi do senhor e da mãezinha.

Enquanto estava comigo, eu te dei beijos
Te dei carinhos, atenção, rimos muito
e Principalmente, te disse Eu Te Amo tantas vezes 
Que esse amor vai ficar no meu coração para sempre.

Fique bem Paizinho. 
Tô aqui com a mãezinha
Cuidando e dando atenção à ela

Cuide de nós tá?

Beijos véio..

Te amo♥

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Um conselho

NÃO PAUTE SUA VIDA, BEM SUA CARREIRA, PELO DINHEIRO.
Ame seu oficio com todo o coração. Persiga fazer o melhor.
Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá com conseqüência.
Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha.
Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro.
Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro.
Michelangelo não passou 16 anos pintando a capela sistina por dinheiro.
E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar.
E tudo que fica pronto na vida, foi construído antes, na alma. 
A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano.
O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse:
Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo”.
E ela respondeu:
Eu também não, meu filho”.
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrario.
Digo apenas que pensar e realizar, tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

MEU SEGUNDO CONSELHO:
Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.
Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada.
Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguaçu.

MEU TERCEIRO CONSELHO VEM DIRETAMENTE DA BIBLÍA:
“Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.”
É exatamente isso que está escrito na carta de Laudicéia: Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito:
É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso.
Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.
Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute.
Mas, por favor, não jogue fora, se moldando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história.
Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução.
Que é mais do que sexo ou dinheiro.
Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.
Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!
Toda família tem um tio batalhador e bem de vida.
E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa.
Chega dos poetas não publicados.
Empresários de mesa de bar.
Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam.
Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar.
Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem.
De 08:00 às 12:00, de 12:00 às 08:00 e mais se for preciso.
Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses.
Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram  em manos de 50 anos, a 2ª maior mega potência do planeta.
Enquanto nós, os espertos, construímos umas das maiores IMPOTENCIAS do trabalho.
Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam.
Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundo que o acomodado não conhecerão.
E isso se chama sucesso.
Nizan Guanaes

TRABALHEM EM ALGO QUE VOCÊ REALMENTE GOSTE,
E VOCÊ NUNCA PRECISARÁ TRABALHAR NA VIDA”.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fábulas de Esopo - Fantástico!


Fábulas de Esopo.

Os Viajantes e o Urso

Um dia dois viajantes dera de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia consguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingui-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
_O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
_Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.

Moral da história:
A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade



Certa vez um leão se apaixonou pela filha de um lenhador e foi pedir a mão dela em casamento. O lenhador não ficou muito animado com a idéia de ver a filha com um marido perigoso daquele e disse ao leão que era uma honra, mas muito obrigado, não queria. O leão se irritou; sentindo o perigo, o homem foi esperto e fingiu concordava:
_É uma honra, meu senhor. Mas que dentões o senhor tem! Que garras compridas! Qualquer moça ia ficar com medo. Se o senhor quer casar com minha filha, vai ter que arrancar os dentes e cortar as garras.
O leão apaixonado foi correndo fazer o que o outro tinha mandado; depois voltou à casa do pai da moça e repetiu seu pedido de casamento. Mas o lenhador, que já não sentia medo daquele leão manso e desarmado, pegou um pau e tocou o leão para fora de casa.

Moral da história:
Quem perde a cabeça por amor, sempre acaba mal.


Um homem e um leão discutiam sobre qual deles era o mais forte, e decidiram conferir ali mesmo.
O homem levou o leão até uma sepultura, onde havia uma pintura do defunto matando um leão.
O leão retrucou:
_O que você me mostrou foi pintado por um homem. Se eu soubesse pintar, retrataria um leão matando um homem. Não vamos mostrar nada, pois é melhor medirmos nossas forças um contra o outro. Depois de matar o homem, o leão disse:
_Uma prova pintada não é suficiente. Ele agora descobriu que eu era mais forte.

Moral da história:
Nem sempre é verdade o que está escrito em algum lugar; é nescessário provar a verdade com atos.


O Camelo que Defecou no Rio
Um camelo atravessava um rio de rápida correnteza. Defecou, e viu então seu excremento passar por ele, levado pelas águas ligeiras. E disse: "o que vejo? O que estava atrás de mim ainda agora, eu vejo passando a minha frente!"
Moral da história:
Isto se aplica a uma cidade ou país em que os últimos e os imbecis é que dominam em vez dos primeiros e dos sensatos.

sexta-feira, 4 de junho de 2010


"Vá...
Que eu sinto toda a dor do mundo
E carrego as costas todos os desejos
Procuro a brecha que me levará ao paraíso
Nasço só a cada instante mudo
E as folhas do meu chão
Movem-se ao sabor do vento
Ouço meus suspiros e os fios que gemem
Procuro-o em vão em cada esquina
e trago-te a mim
Cada vez que sonho"


"Porque esse vazio tão grande
dentro de mim?
Porque essa ânsia tão grande 
dentro de mim?
Porque esse eterno querer
dentro de mim?
Porque essa obsessão?

São tantos os porques
Que me assolam
Num infinito querer saber
Somente queria entender
O motivo d'eu não te ter
A razão de não estar ao seu lado agora???
Porque???
Porque???
Porque tudo não é mais simples?
Simples como um sorriso
Simples como a amizade
Simples, tão simples como quando você chegou
Simples como estar aqui a divagar"



"Um raio de sol
Está entrando em minha vida
Iluminando a tudo
Dando-me calor
Cicatrizando feridas
Deixando-me sem dor
Um raio de sol
Potente... insistente
Que veio em forma de gente
Com olhar delicado
Sorriso cativante
Sinto-o por perto
Mesmo estando distante
Um raio de sol
Pequenino
Que entra por todos os lados
E em mim quer se instalar
Um raio de sol
que ascende emoções...fantasias
Me dá muita alegria
Me faz companhia 
E não me deixa chorar"



"E no ciclo natural da vida
Tudo pode acontecer
Tem que se lutar
Enfrentar, melhorar
Pois quando chega a hora
Da gente ir embora
Tem que se ir por inteiro
Deixar só o corpo no bueiro
Coragem, fé, alimento d'alma
Placidez, leveza, bondade
O resto é ingenuidade
É ir na verdade, não ficar no espaço
da amargura, tortura entre o ser
e o não ser
Porque evitar, não discutir, comentar
É melhor aprimorar, esculpir
Não fugir....aceitar!"


"Queria ser uma canção
Bonita...com vida
Prá você me assoviar
Ou ser uma batucada
Prá tomar cerveja contigo
Em plena madrugada
Eu queria ser o sol
Prá te aquecer.. te bronzear
Secar teus cabelos
Na hora de passear
Eu queria ser o céu
Prá te ver a todo momento
Olhar cada gesto seu
Lá de cima, do firmamento
E se eu fosse chuva
Faria um barulho gostoso
No seu telhado, que estaria furado
Eu deixaria teu tapete todo molhado
Só prá você lembrar de mim...
Ah! mas eu queria mesmo 
É ser você.
Assim eu poderia fazer a minha vida
Deixar de ser tão vazia
Porque se eu fosse você
Eu ia me fazer companhia!"


"Alguém chegou de repente
E bateu na minha porta
Alguém com um sorriso diferente
Quem foi, já não importa
Alguém que nem me avisou
O dia em que ia chegar
Alguém que nem tentou
Me impedir de chorar
Alguém que riu comigo
E que não se esqueceu de mim
Alguém que foi meu amigo
E me fez sentir assim
Alguém que foi embora
Sem se despedir
Alguém que até agora
Ainda não esqueci"



"Imagine a estrela mais distante
O sorriso do viandante
A alegria de uma chegada
O beijo da pessoa amada
Se emocione!
Imagine....sinta
O aperto de uma mão amiga
Um olhar triste... uma despedida
Liberte!
Ponha para fora
Já é hora
Não pode ser amanhã
Tem que ser agora!
Sonhe!
Antes que o sol desponte
Vislumbre o horizonte
E se ponha a viver
A vida é o já
Não há o que esperar
Vamos ser nós mesmos
Pois o amanhã pode não chegar
O futuro é o hoje
Isso não podemos negar
Futuro é a eternidade
Quando a vida vier a nos faltar
Saudade... emoção
Lágrima... alegria
Riso.... apatia
Sincronismo.... harmonia
Estar de bem consigo
Ter sempre por perto um amigo
Um coração disposto a trabalhar
Na mais simples emoção que pintar
É reconhecer que a vida é um presente
É deixar de ser triste... doente
Andar com segurança e alegria
Trilhar a estrada da vida com sabedoria
Agradecer a Deus cada segundo
Por estarmos todos nesse mundo
E de termos a oportunidade
De sermos melhores, menos imundos
Curtir a beleza
A criança... a natureza
A estrela mais distante
Ter uma vida menos errante
Ser feliz... adorar viver
Mesmo sabendo que a vida
É sofrida...sufocante
Indolente.. amante
Mas que é divina e muito
Muito gratificante..."

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Coletânea de minhas poesias de 1983


"Penso...
E, em tudo que penso, só vejo você
Em tudo o que vejo, só sinto você
Tudo que almejo
Somente você
Grito....
E, neste meu grito só ouço você
No ar que exalo, percebo você
As horas que calo
Desejo a você
Oro,
E nas orações, só peço você
E durante meus sonhos
Só vejo você
Imploro....
E, em meus apelos, chamo por você
Em minha ansiedade, procuro você
Abraço meu travesseiro
Sinto você..
Espero....
E na minha espera, não chega você
Nas noites de angústia
A ausência é você
Procuro meu mundo....
Meu mundo é você!"



"Um dia, eu fechei os olhos e sonhei que o Mundo era azul, que não existia a guerra, nem guerreiros, vencidos ou vencedores, ricos nem pobres, ambição nem fome. E que o mundo inteiro era só amor.
Mas, de repente, ao abrir os olhos, percebi que estava cercada por um grupo de jovens, trazendo em seus rostos marcas de tristezas, revoltas e arrependimentos, e só então eu me dei conta de que nem tudo era tão maravilhoso como eu sonhora...
Ai eu chorei, chorei de tristeza, porque a ignorância e o machismo ainda existem..."



"Agora estou só
Quatro paredes me cercam
Sem contato com o mundo
De espanto fico mudo

Ouço um ruído
Será gato?
Será gente?
De olhos que possam ver minh'alma
Da boca que beija e grita
De ouvidos que ouvem e sentem palavras
De mãos que tateam o corpo nu de desejo
De passos serenos indo cara a cara de encontro com o mundo?
Silêncio...
Quieta, escuto
Um miado na escuridão
Mais uma vez a ilusão fez de mim uma marionete
Mais uma vez fico sem conhecer gente
E mais uma vez sento diante da televisão
Para assistir a novela
Respirando o mesmo o2
Vendo as mesmas paredes
E sentindo o mesmo vazio
Crescer dentro de mim"


"Eu queria ser despojada de tudo
De tudo que fosse artifício
De tudo que fosse irreal
Das coisas que fazem mal
Queria ser mais gente, mais contente
Ser mais inteligente, mais positiva
Menos egoista, materialista
Eu seria mais essência
Queria ser Mônica
E nada mais que isso!"


"Se eu fosse desencarnada 
Como eu seria? Quadrada?
Redonda? Retangular? Ou oval?
Ou totalmente disforme?
Teria sentido?
Faria algum bem?
É melhor isso ou aquilo?
O conhecido maravilhoso ou
O Maravilhoso desconhecido?
Não sei estou confusa
Posso deixar de ser leiga?
Posso????
Preciso pensar...
É tudo tão sério, complexo...
Dá medo!!!"


Vida.....

É como um barco vagando
Na imensidão do mar
Pode se ir sem destino
Se destruindo
Ou se pode remar
Escolher, ancorar
Acreditar, afundar
Ter fé, melhorar
Pedir socorro
Se salvar!

"Eu quero tanto que você venha
Que bata a porta e diga a senha
Que murmure ou grite alto
Que me assuste como num assalto
Que me coloque louca, desesperada
Assustada... mas que chegue!"



"Uma chuva refrescante
Um sol brilhante
A saudade... a felicidade
O campo... a cidade
O céu, o luar
Os animais
Um sorriso de criança
A sabedoria de um ancião
A beleza das flores
Ainda acredito na vida
Ainda acredito nos homens
Temos tudo...
É redescobrir"


"O grande amor
O sonho dourado
Nutrido, esperado - MENTIRA
 A saudade louca
O sabor da boca
A vida pouca - MENTIRA
Sem egoísmo
Com altruísmo
Cantando alto
Bondade, verdade - MENTIRA
A solidão, a emoção
O desinteresse, o vazio
O teu abraço, você - MENTIRA
É tudo um nada
Uma grande piada
Que dá prá dar risada
E ficar abestalhada - MENTIRA
É tudo mentira
Mentira que a gente curte
Que a gente espera e deseja
Que seja a verdade de nossa vida - MENTIRA
Jamais a dor aprendida, vivida
Urdira tramas para me fazer sofrer
Para me fazer sentir novamente,
A grande ânsia
A mágoa, a saudade, a revolta
De ter me deixado por tudo
Menos
Amada como eu queria que fosse"

"A chuva...
Que agonia
A tarde está fria
Eu, tão vazia
Tão sem você
Que sufoco
Que mundo louco
Te vejo tão pouco
Saudade...
É um tormento
O tempo tão lento
E vem o vento
Trazendo você ao pensamento
Queria estar aconchegada
E não ter que falar em nada
Ficar em você recostada
Ouvindo a chuva danada
Que cai pesadamente
Ignorando o medo da gente!"


"Alguém terá que ser o último
Para que sejas o primeiro
E só serás proclamado o vencedor
Quando abaixo de ti houver vencidos
Mas o amor é mais generoso que a vitória
Porque não se alimenta da derrota
Nem está condicionado
Absoluto, independe de contraste
Só o amor prescinde dos contrários"


"Enquanto houver paz e houver amor
Que importa o tempo?
Um momento de amor é o que mais vale a pena
Se durar quanto dura uma flor
Terá durado tanto quanto pode
durar na sua transitoriedade
Fugaz, precária, passageira, frágil,
A vida humana, que contudo..
É bela!"


"Não te aflijas, se há trevas
É que depois do inverno, é certa a primavera
E não há noite que não gere a madrugada
Nem madrugada que não ceda ao dia
Este vazio há de ceder mais tarde
Como o embrião que dorme
dentro da semente
Da noite espessa nascerá a luz"


terça-feira, 25 de maio de 2010

Nem sei o que tenho que saber


Either way, win or lose.When you're born into trouble you live the blues. I've been thinking about you baby. See it almost makes me crazy child..."
Assim, de novo e outra vez recomeço meu caminho. Incerto, repleto de incertezas, clichês mal escritos, mal entendidos e de vez em quando repetidos. Tem algo sobre a chuva que tem um poder especial sobre mim, como uma força exterior, superior, que lavasse minha alma e acalmasse minha angústia. Eu gosto da chuva, o barulho, o cheiro de terra molhada, o ar gélido envolvente.
Esse é o problema de ficar sozinho perdido em pensamentos, você tem tempo de escutar a si mesmo e de repente aquela vozinha insignificante não é tão insignificante assim, e o que antes era apenas um chiado passa a gritar em Cinemascope. É justamente nesse instante que percebe-se o quanto aquele bom dia não dado lhe incomodou, ou como de fato fez falta o elogio não recebido; e pronto, a máscara de papier machê é dissolvida em lágrimas. Você existe, e isso dói.
Há muito que evito esses momentos de reflexão em prosa, eles são muito mais dolorosos que o verso. A prosa não comporta todos os eufemismo e metáforas parodoxais da poesia, é a verdade nua e crua, a vida como ela é. Sendo a vida, não pode deixar de se contrapor à morte, seu oposto similar, afinal quanto mais vivo, menos morto e vice-versa e no fim ainda não descobri para qual lado estou pendendo.
A dificuldade da auto-análise me esvai as forças, quem sabe seja mais fácil, realmente, cantar o amor simplesmente. Ente, ente cacofonias ridículas que ecoam na mente tentando preencher o vazio impreenchível da alma. E ainda assim, uso palavras que nem sei se existem para explicar algo que não entendo. Bobagens, bobagens sem sentido que tratam da ausência de sentimento.
Eu por mim mesma ? Não existo mais, me desconheço total e complemente, perdida sigo ao lado do caminho sem volta. Não consigo mais destinguir o real da ilusão porque de tanto fingir o real tornou ilusão e a ilusão o real. E nesse jogo fake, simulo tanto que até me engano com as verdades inventadas.
Por fim, ponho um fim em tudo, me desfaço e mudo. A chuva, passou levando com ela o momento introspectivo. O barulho volta e o grito retorna ao seu estado inócuo anterior. As horas continuam passando e de repente um novo dia, um novo sorriso e tudo permanece em seu lugar devido.

"You'll be given love. You'll be taken care of. You'll be given love. You have to trust it ... Trust your head around,
it's all around you. All is full of love. All around you.." (Bjork)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Um dia a gente acorda e percebe que mudou, depois de levar muita porrada e ter os ossos moídos junto aos sonhos. Um dia a gente acorda e percebe que nem toda mudança precisa ser amarga, embora o que nos mova quase sempre seja a dor, esta parceira do imprevisto...

Um dia a gente acorda e descobre do lado do avesso um espaço zen, uma espécie de paz interior que nos adula e acaricia, como se a mãe voltasse a nos pegar no colo.

Neste dia, inexplicavelmente, decidimos que o melhor a fazer numa manhã é plantar um girassol só para ver, dali a um tempo, sem angústia, dilema ou rejeição, que a vida dança a dança dos dervixes...e que a nossa entrega à vida é um ritual sem hoje nem amanhã.

A felicidade pode ser o ato de movimentar -se como os girassóis, para lá e para cá, só pra ver onde começa e onde termina o dia...sem pressa. Os acontecimentos não nos pertencem.

sexta-feira, 12 de março de 2010


"QUINTO DOS INFERNOS"

Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção.
Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "OQuinto".

Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que foi apelidado de "O Quinto dos Infernos".

A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama".

Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT, a carga tributária brasileira chegou ao final deste ano de 2009 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção.
Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...

Para que???...

Para sustentar a corrupção, campanhas eleitorais, o PAC, o mensalão, o Senado e sua legião de "diretores", a festa das passagens, os cartões corporativos, as bacanais (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar no executivo, os salários de marajás, etc...etc...etc...

Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar esta corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa.

E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!!!..

E NÓS VIVEMOS ENFORCADOS..... FATO!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Tudo isto passará


Havia um rei que tinha tudo o que queria, mas mesmo assim sentia-se carente.
Ele desejava mesmo era ter paz de espírito e equilíbrio nas suas decisões.
Resolveu, então, consultar os sábios da corte. Estes lhe deram um anel energético com uma mensagem gravada que ele só poderia ler num momento de extrema gravidade.
Se lesse só por curiosidade, o anel perderia sua energia e a mensagem, o seu significado.

O rei seguiu o conselho a risca. Um dia, o país entrou em guerra e perdeu.
Houve momentos difíceis em que o rei foi tentado a ler a mensagem, mas controlou-se.

O reino estava perdido, porém poderia ser recuperado. Para salvaguardar sua integridade, ele foi embora dali.
O inimigo foi ao seu encalço, mas o rei cavalgou. . .
Até que perdeu os companheiros e seu cavalo. Caminhou sozinho. Inimigo atrás. . .
Seus pés sangravam. Agora precisava correr.
O inimigo se aproxima e o rei, claudicante, chega à beira de um abismo.
Os adversários estão cada vez mais próximos. Não há mais saída. “Estou vivo, talvez o inimigo mude de direção”, pensou. A condição para ler a mensagem do anel ainda não estava de todo preenchida.

Olha o abismo abaixo e vê um grupo de leões. Não tem mais jeito, os inimigos estão chegando. . . Então, o rei saca o anel e lê a mensagem salvadora: “Isto também passará.” Subitamente, o rei relaxa a tensão.
Isso também passará. . .
E inexplicavelmente, o inimigo muda de direção. O rei volta ao seu país, organiza seu exército e reconquista o reinado. Festas.
O povo dança nas ruas. O rei está feliz e orgulhoso. De repente lembra-se do anel e relê a mensagem: “
Isso também passará.”
Ele, então, neutralizou sua euforia e orgulho e, assim, obteve para sempre a paz de espírito e equilíbrio nas suas decisões.

Todos nós deveríamos usar permanentemente o anel energético desta história, relendo a sua mensagem gravada.
Nas dificuldades que ela nos faça acreditar que melhores dias virão para recompensar nosso esforço diário, mas principalmente para nos alertar, nos tempos de euforia, que “isso também passará”, se não estivermos atentos para nosso autodesenvolvimento, para nosso crescimento pessoal e para nossa responsabilidade de estarmos sempre inovando. Não resta dúvida de que tudo passa, embora cada uma de nossas ações sempre deixam marcas gravadas para sempre. É por isso que podemos dizer que existem pessoas estrelas e pessoas cometas.
Os cometas passam. Apenas são lembradas pelas datas que passam e retornam. As estrelas permanecem.
O sol permanece. Passam anos, milhões de anos e as estrelas permanecem! Há muita gente cometa. Passa pela vida apenas por instantes.

Gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos, gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença. Importante é ser estrela. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida. Amigo e estrela. Podem passar anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. Coração que não quer enamorar-se de cometas, que apenas atraem olhares passageiros. Ser cometa é ser companheiro por instantes, explorar os sentimentos humanos, ser aproveitador das pessoas e das situações, fazer-se acreditar e desacreditar ao mesmo tempo.
Solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica todos passam.
Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder contar com elas e poder sentir sua luz e calor. Assim são os amigos.

Estrelas na vida da gente. São aragem nos momentos de tensão. São a luz no momento de desanimo. Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas acima de tudo, uma recompensa.
Recompensa de ter sido luz e ter sido calor para muitos corações, ter nascido e ter vivido e não apenas existido.

O mundo corporativo não difere muito do mundo pessoal, apesar de toda a frieza do capitalismo, da busca de resultados e da melhor rentabilidade não se pode negar que a essência deste mundo corporativo são as pessoas que não deixam seus sentimentos e suas emoções ao atravessarem os muros da empresa.
Para administrar esta realidade entra em cena o conceito de poder pessoal, que é a afirmação do “eu posso”.
O que significa realmente o conceito de poder pessoal?
È ter nas mãos as rédeas da própria vida. É ter auto-estima elevada.
É estar harmonizado e em equilíbrio.
É sair do papel de vítima.
É aceitar as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem.
Por incrível que possa parecer é exatamente nesta última parte, o aceitar as coisas como elas são que as pessoas geralmente discordam do conceito. Realmente pode parecer um absurdo. “
Como posso ter poder pessoal aceitando passivamente as coisas como elas são?”, afinal, “que poder é esse?”, “aceitar não significa ficar parado e passivo?”
Na verdade o conceito é inverso, ou seja, quando aceitamos as coisas como elas são, resgatamos nossas forças e o poder de transformar, isto significa que aceitar não quer dizer que podemos fazer as coisas voltarem a ser como eram, não significa estar feliz com os acontecimentos, não é aprovar o ocorrido.
Aceitar significa estar aberto às mudanças, estar aberto a rever referenciais.
Quando isso ocorre saímos do papel de vítimas das circunstâncias, para podermos realizar com disposição as mudanças que precisam ocorrer.
Quando não aceitamos integralmente, com a mente e o coração, estamos tentando, muitas vezes em desespero, restaurar o padrão ou situações anteriores, que talvez fossem muito mais cômodos e muito mais confortáveis.

James Baldwin diz; “você não consegue consertar o que não consegue encarar”. Esta é realmente uma grande verdade, pois, temos mania de ficar rodeando o tema central, evitando assim encarar de frente a verdadeira causa de nossa irritação ou de nossa depressão quando sabemos que aceitar a mudança que estamos vivenciando é o primeiro e decisivo passo para tomar as decisões acertadas. No mundo de hoje, deixar de
aceitar a realidade é, sem dúvida, abdicar do direito de fazer escolhas conscientes.

Aceitar a realidade como ela é significa olhar para o futuro, aceitar que tudo passa e que é preciso olhar para as transformações que precisam e devem ser concretizadas.

Somente assim, os gestores, os colaboradores, as equipes e organizações poderão se desenvolver de forma saudável.